sexta-feira, 1 de julho de 2016

JOGA PRA MIM | Brincar é descobrir o mundo


Brincar é descobrir o mundo



Como professor de Educação Física há quase 20 anos, tenho percebido durante esse tempo a inquietação e insatisfação de professores e pais quanto a não atingirem as expectativas de uma educação de qualidade junto às crianças. E da parte das crianças por não conseguirem entender as habilidades e competências da forma esperada pelos pais e professores. Pais e Professores devem ficar se perguntando: existe uma maneira mais eficiente e prazerosa, para que os dois lados do processo fiquem satisfeitos?

Por experiência e através da enorme quantidade de literatura existente sobre o tema da ludicidade e do brincar e dos seus benefícios sobre o ensino e a aprendizagem, eu diria a vocês pais e professores que sim, há um modo eficiente e prazeroso de se atingir bons resultados no ensino e aprendizagem das crianças: O BRINCAR.

Olha só, o brincar, é parte importante da infância, e podemos usar várias formas de levar as crianças ao conhecimento. Tornando-o vivo, atraente e, principalmente, significativo. Quando brinca, a criança vivencia todas as regras e fundamentos da vida social, e isso a ajuda a organizar seu mundo, seus sentimentos e aprender sobre o grupo do qual faz parte.

Brincando, a criança consegue descobrir que existem fenômenos que agem sobre os objetos e sobre ela mesma, começando a ter noções de Física, mesmo antes de ter contato com essa disciplina. Uma brincadeira que amo fazer com minhas filhas é de soprar com um canudo em um copo com água e sabão liquido, diversão garantida com minhas pequenas, elas acham superinteressante fazer com que muitas bolhinhas “cresçam” dentro do copo. Brincar com água na bacia inicia a criança a entender sobre densidade, peso, flutuação, mesmo antes da escola falar sobre isso.


É um engano pensar que o brincar é somente feito com movimentos amplos, corre-corre e muita agitação. A ludicidade usa o que é natural em cada um de nós, a busca pelo prazer, para oferecer acesso ao conhecimento. Importante citar que prazer, não está restrito à sexualidade, mas, está ligado à necessidade de fugir daquilo que nos causa dor e sofrimento.

O desprazer causado por horas a fio numa banca escolar torna esse processo um ato de tortura para a criança que aprende parecendo que a escola matriculou apenas o cérebro da criança, esquecendo que é através do brincar e da expressão motora que a criança interage, aprende e vive.

E diante desses fatos, os pais e as escolas devem e podem buscar inserir a criança de forma integral ao fenômeno de ensino-aprendizagem, usando o que de mais natural há nas pessoas: a interação com o mundo através da experimentação, usando seus sentidos e membros, e a melhor maneira de pais e professores conseguirem mediar esse processo é através da ludicidade, da brincadeira.



Faz parte das atribuições dos pais e dos professores, conduzirem as crianças às descobertas, ao entendimento e ao prazer pelo conhecimento. Mas, durante o processo ensino-aprendizagem, algumas dificuldades se apresentam - o que leva frustração aos dois lados do processo.

A falta de identificação da criança com os conteúdos e com a forma de trabalho são identificadas de maneira errônea – muitas vezes - como Dificuldades de Aprendizagem, e tratadas de forma medicamentosa. Essas dificuldades sempre são tidas como vindas das crianças, mas em psicopedagogia, a orientação é sempre observar as extremidades da relação da criança com o conhecimento, ou seja, família e escola. Se não houver nenhum problema nesses dois setores, aí sim começa a investigação na criança.



Diante de tal realidade, a ludicidade pode se tornar uma ferramenta pedagógica importante, promovendo uma aprendizagem mais dinâmica, participativa e, em conseqüência, mais eficaz, auxiliando, de forma significativa, a aprendizagem de crianças com dificuldade -  por dar uma maior liberdade de interação da criança com o aprendizado, por introduzir de forma envolvente, elementos como o jogo, o brinquedo, a música, a brincadeira e os mais variados recursos que, unidos ao processo de ensino-aprendizagem, tornam a aprendizagem mais agradável, encantadora e qualitativa.


E então vamos brincar?


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Abraços. Marcelo Silveira.



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