terça-feira, 5 de julho de 2016

CUCA LEGAL | Questões nossas de cada dia... Um olhar da psicoterapia infantil



Questões nossas de cada dia... Um olhar da psicoterapia infantil



Estamos na era dos especialistas. Vivemos histórias e relações cada vez mais comprometidas pelos saberes e fazeres ditados pelos outros. Provavelmente, a revolução tecnológica e os modos de comunicação contemporâneos causam uma falsa sensação de acesso ao conhecimento e as verdades anteriormente não conhecidas. O que, ao meu ver, vem produzindo fragilização e enfraquecimento na maneira como temos nos relacionado com e para os outros. Isto é, parece que não temos mais segurança em ser e fazer, precisamos ler, observar, escutar algum "doutor" ou especialista no assunto para termos segurança em realizarmos alguns feitos (profissionais e/ou pessoais).


Associemos o que foi dito acima à criação de crianças... Pois é, nos sentimos despreparados diante de tantas ditas "descobertas" e inovações no campo também do desenvolvimento infantil e das relações familiares... Ou seja, questões surgem: Como posso fazer para aproveitar toda capacidade cognitiva do meu filho?; como posso fazer para otimizar o rendimento escolar do meu filho?; como posso preparar meu filho para um bom futuro profissional?


Percebam que as questões que têm permeado os pensamentos de pais e mães pouco associam-se a demandas do desenvolvimento emocional das crianças... Como se segurança diante da vida, apropriação de afetos, ansiedade, tristeza, solidão fossem se constituir (ou desaparecer) de maneira automática na medida em que elementos da dimensão material estejam solucionados.

Aí o que temos feito... Gritantes e singelas compensações...

Temos devorado sites e manuais de como se criar filhos inteligentes e ricos... E temos esquecido algo muito importante: olhar para nossas experiências enquanto sujeitos em suas múltiplas dimensões (filhos, netos, sobrinho, tios, amigos, pais, mães...). Como se tivesse pouca ou nenhuma valia os saberes produzidos por nós e pelos nossos mais próximos, diante da avalanche digital a que temos feito uso e "desusos".


A Psicologia Infantil deve estar preocupada com a escuta do exercício parental, com as dores e os sabores de se criar filhos... E, a criação de filhos, é atravessada por tantos fatores que não podemos unificar e muito menos reduzir os afetos e comportamentos de nossas crianças. Cada criança é singular e, constitui-se a partir do feixe de relações aos quais esteve submetida antes mesmo de seu nascimento. Refiro-me aqui as dimensões familiares, as experiências destes pais, avós e antepassados de maneira geral.


Portanto, a psicoterapia infantil é, e porque não, lugar para pais, mães e cuidadores experienciarem junto às suas crianças uma dimensão tão peculiar, mas tão renegada por nós nesta sociedade apressada em que temos vivido, o infantil. Com seus prazeres e desprazeres...

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Zaíra Mendonça
Psicóloga/Psicoterapeuta zairamendoncapsi@gmail.com
(82)99985-8703


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