segunda-feira, 16 de maio de 2016

FADA DO DENTE | A chupeta acalma emocionalmente a quem?



A chupeta acalma emocionalmente a quem?



Olá meus queridos!

Hoje irei falar sobre o uso prolongado das chupetas pelos nossos pequenos. Claro que o melhor seria que não usassem, né? Mas sabemos que a maioria usa, e cada um por motivos diversos e específicos. Porém, entre tantos motivos em oferecer a chupeta para as crianças está a dúvida, comodidade, falta de informação e o desconhecimento dos notáveis prejuízos trazidos com ela. Então, que tal conhecer um pouco mais sobre as "queridinhas"?

“Mas doutora, o bebê tem uma necessidade natural de sugar né? Como posso não oferecer chupeta então?" A primeira informação é: SIM, a criança tem a necessidades de sucção. Isso ocorre devido a um instinto natural que é essencial à sobrevivência. Sendo mais intenso nos 3 primeiros meses e diminuindo com o tempo até, mais ou menos, o 6º (sexto) mês de vida. Mas olha que interessante e importante: a forma correta de amamentação influi na necessidade de sucção do bebê. Eu explico: se o bebê é colocado na posição correta na hora de mamar, segurando-o do modo certo, ele irá precisar fazer força para sugar, e assim saciar tanto a necessidade de sucção quanto a de nutrição. Viu? É aquela velha história: “matar dois coelhos com uma cajadada só!”. Se isso não for feito, ele não ficará satisfeito e pode desenvolver o hábito de chupar o dedinho ou a chupeta. 


Com a chupeta já inserida ao cotidiano da criança, temos que analisar as principais ações que ajudem a não causar sérios problemas futuros aos pequenos. E uma dessas ações é tirá-la por volta dos 2 (dois) ou, no máximo, 3 (três) anos de idade. Até aí, os danos e efeitos negativos que a chupeta causa tendem a regredir. Mas após essa idade, os problemas progridem e podem afetar algumas funções importantes como a respiração, fala, mastigação e deglutição.




Dica: para ajudar na retirada da chupeta após a idade limite: pode-se fazer um furinho na ponta da chupeta, para que, ao ser sugada, transmita outra sensação.

Para incentivar mais as mamães a olhar com uma “cara mais feia” para as chupetas, vou listar alguns dos problemas bem chatos que ela pode proporcionar às nossas crianças:

- Na dentição: alteração nas posições dos dentes, da mordida correta, levando a certeza do uso de aparelho ortodôntico no futuro. Com essas alterações a mastigação também é afetada e por consequência, a digestão também é prejudicada. Viu como um problema nunca é isolado? Sempre está ligado a outro, que leva a outro e assim por diante.
- Na fala: a dicção das crianças pode ser prejudicada devido as maloclusões causadas. Quando pequenos até achamos bonitinho não entender o que as crianças falam, mas quando chegam numa certa idade, acaba se tornando desagradável, inclusive pra eles mesmos.
- Na respiração: o bebê acaba respirando pela boca (o que não é recomendado), pois a chupeta atrapalha a respiração correta pelo nariz.
- Na amamentação: a chupeta incentiva o desmame precoce, pois o posicionamento da boca em relação ao seio é alterado. Então a mamãe que quer manter esse delicioso e importante hábito de amamentar por um tempo, deve prestar atenção nisso.
- Causa dependência: a criança fica literalmente “viciada” na chupeta, pois cria um vínculo psicológico com ela. Daí pode-se ter muito trabalho pra conseguir se livrar desse problema e precisar de acompanhamento de um psicólogo.

A chupeta não acalma verdadeiramente o bebê. Ela não é a solução da tristeza da criança. Ela é usada mais em associação à necessidade de silêncio do adulto. Por isso usam-a para simplesmente calar o choro infantil. Vale tentar avaliar o que está incomodando os pequenos. Alguma dor? Fome? Sono? Ou quem sabe, a valiosa atenção dos pais, que hoje em dia, a maioria (sem generalizar, claro) não pode, não quer ou não consegue dar à eles? Então convém refletir: a chupeta acalma emocionalmente quem?

Respiração bucal.

Mordida aberta.

Dica: se a criança usa a chupeta pra dormir, retire-a da boca assim que a criança adormecer. Isso deve ser feito sempre.

A gravidade dos prejuízos depende da duração, frequência, intensidade e tempo do uso da chupeta. Então mamães, minha intenção com todas essas informações é mostrar que esse hábito é perfeitamente evitável e que pensem um pouco mais à frente sobre os danos causados por ele. Não empurrem os problemas para o futuro. Pois estamos falando do futuro das crianças, dos nossos filhos. Estamos falando de problemas físicos, de amadurecimento emocional, comportamental e de desenvolvimento.

Por fim, se não tiver jeito, o uso mais aceitável é o da chamada chupeta ortodôntica, que o bico é modelado de acordo com o formato da boca e assim se adaptam perfeitamente a cavidade bucal da criança. Sendo o silicone o melhor material utilizado, pois deformam menos e é mais higiênico.



Mas não esqueçam, nenhuma chupeta é recomendável. Os dois modelos trazem prejuízos ao desenvolvimento da criança e deformam musculatura, ossos e dentes. A diferença está na gravidade dos danos causados.

Dica: a remoção da chupeta deve ser gradativa e bem conversada com a criança, sem punições e/ou ameaças.




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Beijos cheirosos,
Dra. Thaysa Karla




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